O Museu do Vinho de Alcobaça é hoje considerado uma das joias do património vitivinícola nacional. Instalado na antiga adega que, em 1874, José Eduardo Raposo de Magalhães mandou edificar para aí implementar e desenvolver a sua produção de vinhos JEM, o imóvel representa, em si mesmo, um património museológico da maior importância no contexto da industria do vinho em Portugal.
Enriquecido durante as décadas de 70, 80 e 90 (do século XX) pela personalidade colecionista e obreira do Eng.º Paixão Marques (delegado regional da JNV/IVV), o acervo museológico é o mais completo do país no que toca à temática vitivinícola, abrangendo aspetos significativos da cultura material do vinho de inquestionável valor histórico, científico, industrial e etnográfico que vão do século XVII ao advento do século XXI.
Composto por um universo com mais de 8500 peças móveis, a coleção permanente contempla várias tipologias que vão da enologia, a etnologia, a tecnologia tradicional, a arqueologia industrial até às artes gráficas, plásticas ou decorativas. Um conjunto integrado dentro do conceito da exposição temáticas e da musealização de sítio, contextualizando a viticultura e a vinicultura (em diferentes momentos históricos), as indústrias correlativas (tanoaria, engarrafamento, vidro de embalagem), armazenamento, distribuição ou o consumo do vinho.