Orquestra do Algarve

Portugal
Principal
05
julho

21h30
Local: Mosteiro de Alcobaça · Cerca

Ma Mère l’Oye

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Num ano em que se assinalam os 150 anos do nascimento de Maurice Ravel, figura-chave para a modernidade da música europeia, a Orquestra do Algarve propõe um concerto que passa em revista alguma da expressão musical francesa do seu período.
Estão presentes quatro autores, onde as raízes mais antigas são o evocativo minimalismo de Erik Satie, com as suas Gymnopédies, dos anos 1880, orquestradas mais tarde por Claude Debussy, num gesto de amizade para com Satie, o eterno enfant terrible permanentemente em apertos financeiros.
Da geração anterior, e figura fundamental para Satie, Debussy e Ravel, ouvir-se-á a partitura de Masques et Bergamasques, uma composição teatral de Gabriel Fauré, escrita já no fim da sua carreira, em 1919.
A figura de destaque, porém, é Maurice Ravel, de quem se dará a ouvir a sempre jovial e encantadora partitura de Ma Mère l’Oye, a suite de cinco peças de caráter infantil que o compositor escreveu em 1910 para dois pianos e mais tarde orquestrou, como era sua prática comum.
Nesta música, que culmina com a beleza extasiante do “jardim feérico”, está uma súmula das técnicas e inspirações não só de Ravel, mas de toda a sua geração: o orientalismo, os contos franceses do século XVII, as danças arcaicas de corte, numa representação de uma modernidade que revisita o passado.
E revisitar o passado é precisamente o que faz António Fragoso, compositor português falecido em 1918 aos 21 anos apenas, vítima do vírus H1N1, ou gripe espanhola, que presta tributo ao século XVIII através de três peças características. A sua composição original é para piano, tendo sido orquestrada por Sérgio Azevedo, dando-se assim continuidade a uma tradição de orquestrações a partir de peças para piano, de que é exemplo neste concerto a música de Satie e Ravel.
Em suma, este é um concerto que irá oferecer uma muito diversificada paleta de soluções orquestrais e tímbricas, marcando-se pela beleza e elegância do estilo francês de entre séculos, por muitos considerado um dos pontos mais altos da expressão musical de todos os tempos.

Programa

António Fragoso (​1897–​1918)
Três Peças do século XVIII, Orq. Sérgio Azevedo
I. Minueto
II. Aria
III. Gavotte

Erik Satie (1866–​1925)
Gymnopédies 1 & 3, Orq. C. Debussy
III. Lent et grave
I. Lent et douloureux

Gabriel Fauré (​1845–​1924)
Masques et Bergamasques, Op. 112
I. Overture: Allegro molto vivo
II. Menuet: Tempo di minuetto. Allegretto moderato
III. Gavotte: Allegro vivo
IV. Pastorale: Andantino tranquillo

Maurice Ravel (​1875–1937)
Suite de Ma Mère l’Oye, M.60
I. Pavane de la Belle au bois dormant. Lent (lá menor)
II. Petit Poucet. Très modéré (dó menor)
III. Laideronnette, Impératrice des pagodes. Mouvement de marche (fá♯ maior)
IV. Les entretiens de la Belle et de la Bête. Mouvement de valse modéré (fá maior)
V. Le jardin féerique. Lent et grave (dó maior)

Ficha artística

Pablo Urbina, direção musical

Informações
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