Ópera D. Inês de Castro e Orquestra Filarmónica Portuguesa dão final em grande a uma grande edição

28
julho

25ª edição do Cistermúsica apresenta no sábado a estreia moderna da primeira ópera dedicada a Inês de Castro pela Orquestra sinfónica Portuguesa e Coro do Teatro Nacional de São Carlos e no domingo a Orquestra Filarmónica Portuguesa dá-nos Rakhmaninov e Tchaikovski

Não têm faltado motivos de celebração na 25ª edição do Cistermúsica – Festival de Música de Alcobaça e vai ser assim mais uma vez neste seu derradeiro fim de semana com a estreia moderna da Ópera D. Inês de Castro de Giuseppe Giordani (música) e Cosimo Giotti (libreto) no Cine-Teatro de Alcobaça – João d'Oliva Monteiro, dia 29 de julho, às 18h00, sob a direção musical de João Paulo Santos. Refira-se que, historicamente, esta é a primeira de dezenas de óperas inspiradas na história de Pedro e Inês; obra a que Marita P. McClymonds dá relevância histórica no mais importante dicionário de música do mundo (o New Grove), inscrevendo-a na sequência da reforma de Gluck e no dealbar do romantismo.

Esta ópera não é executada desde o século XVIII e nunca foi editada, pelo que o Cistermúsica pediu ao Centro di Studi Giuseppe Giordani, em Itália, que realizasse a edição da partitura especialmente para o festival. Um elenco de seis cantores portugueses, o Coro do Teatro Nacional de São Carlos e a Orquestra Sinfónica Portuguesa oferecem-nos a oportunidade única duma versão de concerto que será gravada pela Antena 2 para ser editada em CD. Será o momento mais importante da longa ligação do Cistermúsica à temática inesina, no ano em que se assinalam os 650 anos da morte do rei D. Pedro I.

Finalmente, dia 30 de julho, domingo, às 21h00, no mesmo cenário monumental em que se assistiu ao Concerto de Abertura da 25ª edição do Cistermúsica, a Escadaria do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, e no âmbito do ciclo de espetáculos Mosteiro de Alcobaça/Lugares Património Mundial da Região Centro, será a vez da Orquestra Filarmónica Portuguesa, sob a direção de Osvaldo Ferreira, subir ao palco para o Concerto de Encerramento, que terá entrada livre, interpretando a 2.ª Sinfonia de Rakhmaninov e a divina Suite Quebra-Nozes de Tchaikovski.