Officium Ensemble
Ensemble vocal
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O desaparecimento de Dom Sebastião na batalha de Alcácer-Quibir despoleta um dos mais marcantes períodos da história portuguesa. A morte do cardeal D. Henrique, legítimo sucessor à coroa, abre as portas à crise sucessória de 1580, caminho fruído por Filipe II de Espanha, que ascende ao trono português nesse mesmo ano. Serão sessenta os anos em que Portugal permanece sob o reinado da dinastia Filipina, e este período atravessa a vida de todos os compositores deste programa.
A obra central de todo o concerto é o Requiem a seis vozes de Frei Manuel Cardoso (Évora e Convento do Carmo, Lisboa), escutando-se ao longo do programa outras obras para um tempo de penitência (ofício de defuntos, quaresma e Semana Santa) de compositores de grande relevo como Aires Fernandez, Duarte Lobo, e Filipe de Magalhães que, em conjunto com Cardoso e Lopes- Morago representam a geração de ouro da polifonia portuguesa.
Requiem æternam: Manuel Cardoso
Uma missa de requiem na renascença ibérica
Manuel Cardoso (1566-1650)
Missa pro defunctis a 6
· Introitus
· Kyrie
· Gradual
Filipe de Magalhães (1571 -1652)
Commissa mea a 6
Manuel Cardoso
Missa pro defunctis
· Offertorium
· Sanctus
· Agnus Dei
· Communio: Lux æterna
Alonso Lobo (1555-1617)
Versa est in luctum a 6
Duarte Lobo (c.1563-1646)
Responsorium: Memento mei a 4
Aires Fernandez (?-c.1600)
Circumdederunt me dolores mortis a 6
Manuel Cardoso
Sitivit anima mea a 6
Estêvão Lopes-Morago
Jesu Redemptor II a 8
Ariana Russo, Inês Lopes, Mariana Moldão e Raquel Pedra, sopranos
Fátima Nunes, Joana Esteves, Mariana Cardoso e Rita Tavares, altos
João Barros, Jorge Leiria e Tiago Simas, tenores
João Costa, Pedro Casanova e Rui Borras, baixos
Pedro Teixeira, direcção
Apoio: Paróquia de Cós e União das Freguesias de Cós, Alpedriz e Montes